O ensino de história e a investigação do passado como fomentador do pensamento crítico e suas reflexões sobre os presentes encontrados em salas de aula

Palavras-chave: Ensino de História; Pensamento crítico; Investigação do Passado.

Resumo

O presente trabalho objetiva um debate a respeito dos múltiplos meios que conduzem as pessoas ao desenvolvimento do pensamento crítico. Assim, destacamos o papel fundamental do corpo docente como responsáveis pela didática e orientar estudantes na intenção de alcançar competências que irão favorecer a elaboração do mesmo pensamento. A didática é fundamental no processo de ensino-aprendizagem quando profissionais da educação trabalham fatos do passado e devem ter consciência daquilo que está sendo mediado, bem como certificar-se que tais informações e fatos possuem caráter científico em tempos de propagação de informações falsas (“fake news”), profissionais da educação não podem se ater apenas ao ato de lecionar, é necessário ir além e, também, buscar ser um investigador do passado. O conteúdo trabalhado em sala precisa sempre fazer com que estudantes “abram suas mentes” para interpretar e compreender o passado, para que assim exercitem a reflexão do presente (mundo, sociedade, relações socioculturais, etc.). Ou seja, devem ser capazes de criar consciência a respeito dos fatos e entender o mundo onde estão inseridos. A investigação de fontes e documentos é processo fundamental para que consigam “reconstruir” o passado, conscientizem-se sobre as lacunas encontradas nas documentações que podem ter sido alterada ou construída de forma a retratar a visão de determinado grupo social. Neste exercício, é possível compreender as intencionalidades presentes nas fontes e seus contextos históricos.

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Biografia do Autor

Pablo Afonso Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS; Câmpus de Três Lagoas - CPTL

Licenciando em História pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas (UFMS-CPTL). Atualmente é estagiário da Agencia de Comunicação Social e Cientifica da UFMS no campus de Três Lagoas, e, estagiário do Centro Educacional de Andradina (CEA/COC). Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) e do Projeto de Extensão Museu Histórico Itinerante - MuH. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Formação de Professores - GFORP atuando na linha de pesquisa Didática, Formação Inicial de Professores e Educação Sexual. Atuou como Bolsista e, agora voluntário, do Programa de Residência Pedagógica (CAPES) , como voluntário no Programa Institucional de Iniciação Científica Voluntária (PIVIC/UFMS) e no Projeto de Extensão Cursinho Popular Adapte (CPTL/UFMS). Seus estudos e reflexões permeiam a área da Educação com ênfase em Planejamento e Avaliação Educacional e Politicas Educacional. Interessa-se também pelas temáticas da História Medieval e pelo Ensino de História.

Caio Alexandre Toledo de Faria, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Licenciado em História pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Mestrando em História Política na Universidade Estadual de Maringá (UEM).

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Publicado
2021-08-11
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Como Citar
Afonso Silva, P., & de Faria, C. (2021). O ensino de história e a investigação do passado como fomentador do pensamento crítico e suas reflexões sobre os presentes encontrados em salas de aula. Pesquisas E Práticas Educativas, 2, e202106. https://doi.org/10.47321/PePE.2675-5149.2021.2.e202106
Seção
Artigos