O ensino de história e a investigação do passado como fomentador do pensamento crítico e suas reflexões sobre os presentes encontrados em salas de aula
Resumo
O presente trabalho objetiva um debate a respeito dos múltiplos meios que conduzem as pessoas ao desenvolvimento do pensamento crítico. Assim, destacamos o papel fundamental do corpo docente como responsáveis pela didática e orientar estudantes na intenção de alcançar competências que irão favorecer a elaboração do mesmo pensamento. A didática é fundamental no processo de ensino-aprendizagem quando profissionais da educação trabalham fatos do passado e devem ter consciência daquilo que está sendo mediado, bem como certificar-se que tais informações e fatos possuem caráter científico em tempos de propagação de informações falsas (“fake news”), profissionais da educação não podem se ater apenas ao ato de lecionar, é necessário ir além e, também, buscar ser um investigador do passado. O conteúdo trabalhado em sala precisa sempre fazer com que estudantes “abram suas mentes” para interpretar e compreender o passado, para que assim exercitem a reflexão do presente (mundo, sociedade, relações socioculturais, etc.). Ou seja, devem ser capazes de criar consciência a respeito dos fatos e entender o mundo onde estão inseridos. A investigação de fontes e documentos é processo fundamental para que consigam “reconstruir” o passado, conscientizem-se sobre as lacunas encontradas nas documentações que podem ter sido alterada ou construída de forma a retratar a visão de determinado grupo social. Neste exercício, é possível compreender as intencionalidades presentes nas fontes e seus contextos históricos.
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