“Professora, a gente pode usar o photomath?”: o lugar dos aplicativos nas aulas de matemática
Resumo
A discussão trazida para este relato de experiência é baseada na premissa de que aplicativos e ferramentas móveis afetarão o ensino e a aprendizagem de matemática, independentemente de as comunidades de pesquisadores e professores apoiarem seu uso. É nossa convicção que, ao invés de tentar impedir o inevitável ou isolar a sala de aula das ferramentas tecnológicas difundidas em outras esferas da vida, professores de matemática devem considerar as ramificações do uso dessas ferramentas e formular maneiras pelas quais estas possam tornar-se adições bem-vindas às nossas aulas. Acreditamos que, da mesma maneira que os professores podem se engajar em um uso responsável de aplicativos como o Photomath, existe o potencial de os alunos fazerem o mesmo. Argumentamos que, se o objetivo do ensino de matemática não for a execução de algoritmos, mas a colocação de perguntas relevantes e a resolução de problemas, o aplicativo pode ser utilizado para executar algoritmos e realizar tarefas secundárias. Neste relato, apresentaremos no referencial teórico diferentes maneiras pelas quais nós, como professores, podemos orientar o uso de aplicativos para aprimorar as experiências de aprendizagem, ao invés de ignorar sua existência ou tentar barrá-los da sala de aula. Depois relataremos uma experiência em sala de aula de matemática de uma disciplina de curso superior de formação de professores na qual o PhotoMath foi usado de uma das formas recomendadas, a título de ilustração.
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Referências
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